quarta-feira, 15 de maio de 2013

Festa Junina


A quadrilha brasileira tem o seu nome derivado de uma dança de salão francesa para quatro pares, a "quadrille", em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial.

A "quadrille" francesa, por sua parte, já era um desenvolvimento da "contredanse", popular nos meios aristocráticos franceses do século XVIII. A "contredanse" se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de origem campesina, surgida provavelmente por volta do século XIII, e que se popularizara em toda a Europa na primeira metade do século XVIII.

A "quadrille" veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris (dos discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas poesias de Victor Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de letras, dos cabelos cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do cavanhaque).

Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras pré-existentes e teve subsequentes evoluções (entre elas o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.



O nacionalismo folclórico marcou as ciências sociais no Brasil como na Europa entre os começos do Romantismo e a Segunda Guerra Mundial. A quadrilha, como outras danças brasileiras tais que o pastoril, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira. Esse folclorismo acadêmico e ufano explica duma certa maneira o aspecto matuto rígido e artificial da quadrilha.




No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico, nacionalista ou acadêmico qualquer. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha deve a sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX e o grande sucesso popular atual aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média e ao trabalho educativo de conservação e prática feito pelos estabelecimentos do ensino primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém quase sempre desprezada pela cultura citadina.

Hoje em dia, entre os instrumentos musicais que normalmente podem acompanhar a quadrilha encontram-se o acordeão, pandeiro,zabumba, violão, triângulo e o cavaquinho. Não existe uma música específica que seja própria a todas as regiões. A música é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações.




No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico, nacionalista ou acadêmico qualquer. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha deve a sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX e o grande sucesso popular atual aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média e ao trabalho educativo de conservação e prática feito pelos estabelecimentos do ensino primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém quase sempre desprezada pela cultura citadina.

Hoje em dia, entre os instrumentos musicais que normalmente podem acompanhar a quadrilha encontram-se o acordeão, pandeiro,zabumba, violão, triângulo e o cavaquinho. Não existe uma música específica que seja própria a todas as regiões. A música é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações.



Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre "marcante" ou "marcador", pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores devem desenvolver. Termos de origem francesa são ainda utilizados por alguns mestres para cadenciar a dança.
Os participantes da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, como se diz fora do nordeste (indumentária que se convencionou pelo folclorismo como sendo a das comunidades caboclas), executam diversas evoluções em pares de número variável. Em geral o par que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já que a quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da quadrilha liga-a às festas de São João europeias que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais. Esse aspecto matrimonial juntamente com a fogueira junina constituem os dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São João da Europa.

Fonte: (Wikipédia _a enciclopédia livre)



terça-feira, 13 de novembro de 2012

Projeto Resgate de um Rei


No ano de 2012, se fosse vivo , Luiz Gonzaga completaria 100 anos. Foi uma das mais completas e importantes figuras da música popular brasileira. Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo, estilizou e recriou a riqueza musical nordestina e popularizou gêneros regionais, como toada, aboio, xote, chamego e xaxado levando a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como as crenças, os valores e, de forma mais ampla, o modo de viver do povo nordestino, a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino, para o resto do país, numa época em que a maioria das pessoas desconhecia estes gêneros regionais.
           A Escola Municipal Luiz Gonzaga, em homenagem ao Rei do Baião, entende a necessidade de seus alunos conhecerem e valorizarem este  ícone da cultura popular brasileira, uma vez que ela  também é responsável pela socialização deste saber historicamente construído o qual consideramos parte essencial na formação para a cidadania. Desta forma apresentamos este projeto  intitulado de  Resgate de Um Rei, voltado para uma ação didática pedagógica  que aponta para um ensino  contextualizado, interativo e uma aprendizagem significativa, cumprindo com os preceitos educacionais que enfatizam o saber fazer e o saber conviver, exercitando  os conteúdos conceituais,  procedimentais e atitudinais. Além de mobilizar a comunidade escolar  na implementação de ações que contribuem para  efetivação da escola cidadã.

Serão várias atividades

            Interpretação  da biografia de Luiz Gonzaga;
           
            Exposição de painéis;

            Exposição de comidas típicas nordestinas;
          
            Exposição de poesias;

            Interpretação de músicas de Luiz Gonzaga em português e inglês;

            Apresentação de paródias produzidas pelos alunos, com base nas musicas de Luiz Gonzaga

            Apresentação de danças com ritmos nordestinos.

Bailão do Gonzagão
Dia 14 de Novembro a partir das 19:00h
Escola Municipal Luiz Gonzaga - Palmas -TO

Animação:
Forró Pé de Serra  Moacir da Sanfona 

domingo, 17 de abril de 2011

Música e Arte




Luiz Gonzaga - Parceiro musical de seu povo

Ao lançar o Baião, Luiz Gonzaga garantiu para si a gloria de passar para historia como criador individual de um gênero musical genuinamente brasileiro e virou o Rei do Baião.


Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu a 13 de dezembro de 1912, nas proximidades da cidade pernambucana de Exu. Seus pais, Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus, moravam nas terras do Coronel João Moreira de Alencar, padrinho de batismo do futuro sanfoneiro. Luiz desde cedo pegou na enxada; mas nas horas de folga ouvia atentamente os sons tirados da sanfona de oito baixos de seu pai, que além de lavrador, era músico respeitado em toda a região.


Além do trabalho, Luiz como todo garoto da época fazia da suas traquinagens, tomava banho de rio, participava de caçadas e já aos 12 anos animava os festejos de interior ao lado de seu pai Januário, como todo jovem, alimentava o sonho de um dia entrar para o bando de cangaceiros do Capitão Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, daí vem sua inspiração para figurinos.


Na década de 30 engajou-se como recruta em época de revolução. No exercito o já então renomado sanfoneiro do sertão de Exu (que tocava também pífano e zabumba) transformou-se no competente corneteiro Bico de Aço. Certa vez tentou lugar como sanfoneiro da banda de policia Militar de Minas Gerais, onde seu destacamento estava acantonado, mas foi reprovado por não conhecer a escrita musica.


Persistente, começou a estudar Teoria Musical ao mesmo tempo em que aprendeu as músicas do repertorio da região centro – sul do Brasil: (Polcas, Valsa, Rancheiras, Tangos etc.).


Após de 10 anos de exercito já no Rio de Janeiro, a então Capital do País, Luiz Gonzaga voltou a ser sanfoneiro para ganhar a vida, ao lado do companheiro Guitarrista Xavier Pinheiro, eles tocavam nas docas e bares da cidade cabendo ao Gonzaga passar o pires para recolher os níqueis ofertados pelos ouvintes.


Depois de muitos anos Luiz conquistou um espaço no rádio carioca, participando de programas na radio Clube e na Tamoio. Apresentava também em teatro com Genésio Arruda, e nos fins de semana nos dancings do centro da cidade.


Para entender como surgiu o Baião de Luiz Gonzaga é importante entender o contexto da época. No início do século XX a historia da música popular brasileira foi marcada pela presença no Rio de Janeiro de artistas atraídos pela efervescência cultural da Capital federal que disputava com São Paulo os artistas da Era do Rádio.


Na área de musica Popular, a descida de nordestinos para as glorias na capital teve inicio em 1902, com a partida de Recife para o Rio do grande Violonista João Pernambuco, Sem o saber, esse futuro fornecedor de temas do folclore nordestino para alimento da vaidade do letrista Catulo da Paixão Cearense (a canção Luar do Sertão nasceu do som de uma embolada que João costumava cantar) tornava-se o primeiro de uma série de Pernambucanos a brilharem no sucesso das Rádios da quela época. Depois de João Pernambuco, já em 1927, o grupo Turunas da Mauriceia, em 1928, os especialistas em embolada, Mirona Carneiro e Manezinho Araujo, em 1934, Humberto Teixeira, e Lauro maia em 1941.


O gênero ficou conhecido internacionalmente com baião Delicado composto gravado para Cavaquinho por Waldir Azevedo (o compositor de Brasileirinho) em 1951, com isso a invenção de Gonzaga correu o mundo inclusive no cinema: em 1953, divulgado em “O cangaceiro” .


Luiz Gonzaga viveu intensamente a fama. Conseguiu colocar o nordeste Brasileiro no mapa da MPB, ele falava a língua do caboclo nordestino e, com a força de sua imagem, estabeleceu uma colonização inversa, disseminando a Sanfona, os forrós e as festas Juninas por todo o Brasil.


Partiu em 02 de agosto de 1989, batendo asas, do sertão para o infinito deixando uma extensa e maravilhosa obra Musical.


Viva Luiz Gonzaga

Luciano de Souza